VOCÊ SENTE DOR NA PERNA, PRINCIPALMENTE AO CAMINHAR?

Já aconteceu de você estar andando, se deslocando em um gesto natural do seu cotidiano e, de repente, sentir dor na perna? Cuidado. O que parece algo sem importância ou passageiro pode indicar algo que merece mais atenção. A dor na perna pode corresponder a Doença Arterial Periférica dos Membros Inferiores, uma obstrução das artérias dos membros inferiores, como o nome sugere. Esta doença atinge 10% a 25% da população, especialmente os homens que, além de fumar, têm distúrbios do colesterol, vida sedentária, são hipertensos ou diabéticos, principalmente depois dos 55 anos.

O alerta é do médico Airton Mota Moreira, especialista em Angiorradiologia e Radiologista Intervencionista. Segundo ele, a Doença Arterial Periférica dos Membros Inferiores ocorre principalmente quando placas de gordura se acumulam na parede das artérias que levam sangue para as pernas, causando o estreitamento da passagem do sangue ou obstrução completa.

Os sintomas mais comuns incluem dor muscular de perna, coxa ou quadril, com prejuízo da caminhada (perna que trava) que é aliviado com o repouso. Em quadros mais graves, com pior circulação, a dor torna-se contínua e podem surgir feridas. Nestes casos, pode haver necessidade de amputação. “O diagnóstico se baseia na história, avaliação do membro isquêmico e exames como o ultrassom Doppler, tomografia, ressonância ou arteriografia digital”, completa o médico que atende no CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa.

Como tratar essa dor na perna?

Mota diz que o tratamento será instituído conforme o grau de isquemia, por meio do uso de medicamentos e exercícios, para casos leves. E noutros, haverá necessidade de Angioplastia percutânea ou cirurgia para reconstituir a chegada de sangue.

A angioplastia é tratamento minimamente invasivo realizado por meio da dilatação dos estreitamentos arteriais utilizando cateteres-balões ou implante de stents. O acesso poderá ser feito a partir de uma artéria periférica, com auxílio de Raios X. “Normalmente utilizamos anestesia local, e o paciente fica na unidade hospitalar por pelo menos 24 horas para controle clinico.

Utilizando técnicas modernas como estas, se diagnosticada a tempo, podemos evitar e tratar a isquemia descompensada dos membros, com mínimo risco de complicações, se comparado à cirurgia convencional, assim como evitar amputações desnecessárias,” finaliza o Radiologista Intervencionista.