UNIVERSIDADE OFERECE ATENDIMENTO PSICOLÓGICO GRATUITO A ACADÊMICOS, PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS

Realizadas pelo Centro Integrado de Psicologia, as consultas acontecem de forma virtual na Feevale

A pandemia da Covid-19 também tem afetado a saúde mental de muitas pessoas. Rotinas alteradas, relacionamentos desestabilizados, tudo isso, e muito mais, tem desencadeado desde ansiedade até quadros de depressão e outras doenças mentais. É preciso olhar para isso com cuidado, buscar ajuda e agarrar oportunidades, como a que a Universidade Feevale apresenta agora.

Por meio do Centro Integrado de Psicologia (CIP), a instituição oferece a seus acadêmicos, funcionários e professores atendimento e auxílio psicológico, nesse momento de isolamento social. É um atendimento gratuito, virtual, para fala, escuta e apoio durante essa situação.  "É importante atentar para a saúde mental, pois esse período de distanciamento gera angústia e causa, em algumas pessoas, a sensação de perda de controle sobre as coisas do dia a dia", afirma a coordenadora do CIP, Carmen Esther Rieth.  

Ela conta que entre as atribuições do CIP está, desde 2004, dar suporte a alunos e funcionários da instituição. "Esse cuidado em relação ao corpo docente, discente e de colaboradores sempre  foi uma preocupação da instituição e de nosso serviço. Como esses atendimentos são prestados por um quadro de profissionais da psicologia vinculados ao CIP e por entendermos que a pandemia produziria a necessidade de um rearranjo temporário de muitos aspectos da vida, rapidamente nos organizamos para dar sequência aos atendimentos que já estavam em andamento, porém no formato remoto, conforme previsto pelo Conselho Federal de Psicologia", comenta.

Além do acompanhamento psicológico, o CIP realiza apoio psicopedagógico para auxiliar os estudantes no gerenciamento das atividades acadêmicas, que estão acontecendo pelo ambiente virtual de aprendizagem (AVA). O atendimento, que acontece via Skype, tem como objetivo ajudar na organização da rotina, atendendo à demanda de cada acadêmico, apresentar dicas de gerenciamento do tempo, auxiliar no desenvolvimento de estratégias de estudo personalizadas a cada caso e demanda e ajudar, pontualmente, no uso das ferramentas tecnológicas. Os atendimentos devem ser agendados pelo e-mail cip@feevale.br.   

Novas necessidades chegaram nos últimos tempos, e a pandemia é prova disso, e há situações, de acordo com o professora em que a própria pandemia foi um estopim de problemas já existentes. De acordo com a coordenadora do CIP, quadros de ansiedade e depressão têm crescido exponencialmente na última década e agora há  a necessidade de se adaptar a uma nova rotina, há o medo da contaminação ou de perder pessoas significativas na vida. A pandemia tem atingido a todos de alguma forma e há a necessidade de se reinventar, se redescobrir e readaptar para as coisas da vida. "Alguns lidarão com essa realidade com maior ou menor dificuldade", completa Carmen.

Quando pensamos nos alunos e em reorganização de suas rotinas, a maior queixa foi a a adaptação ao novo formato de estudo. Além da procrastinação - a protelação de tarefas a serem feitas - houve, segundo a coordenadora, muita  queixa de dificuldades de concentração na aula online e a organização de uma rotina de estudos em casa, como por exemplo: onde estudar, organização dos espaços, privacidade, entre outros aspectos. Também surgiram questões relacionadas à motivação para o estudo e como estudar. "Entretanto, se observa que em geral o alunos conseguiram superar obstáculos e tem seguido as aulas já com mais tranquilidade. A psicopedagoga do serviço auxilia os acadêmicos nesse aspecto da organização da rotina de estudos", ressalta.
Já em relação a professores, Carmen afirma ser importante destacar que todas as pessoas, de uma maneira ou outra, estão submetidos a uma ruptura abrupta da rotina de vida. 

O mundo que se presumia seguro, em certa medida, salienta, repentinamente se apresentou ameaçador. O isolamento social, a rotina alterada em todos os âmbitos, as incertezas que derivam desse período afetam a todos. "Muito tem sido discutido e pesquisado a respeito desse novo formato de trabalho, o home office, e muitos dados novos tem sido coletados e analisados", diz a coordenadora do CIP. 

Assim, segundo ela, no geral, até pela repentina transição que se fez necessária para todos os setores, percebe-se que existe a necessidade de ir ajustando com mais clareza os  limites entre o privado  e o público, o pessoal e o profissional visto que o trabalho adentrou a vida de todos. "Havia uma rotina estabelecida de sair de casa para trabalhar e assim, essa separação estava mais clara. Penso que está sendo um aprendizado para todos. Nesse sentido, percebo o cuidado da instituição em relação aos  seus colaboradores no que diz respeito à saúde mental, disponibilizando profissionais da psicologia para atendimento remoto", afirma. 

E aqui, Carmen reforça uma questão essencial para a qualidade de vida, para o bem-estar, para a saúde: é importante pedir ajuda quando sentir necessidade.