TERAPIA ON-LINE: NOVOS TEMPOS EXIGEM NOVOS MÉTODOS
Pandemia do novo coronavírus tem levado muitos atendimentos ao universo remoto e a psicoterapia on-line ganha cada vez mais espaçoPega um chimarrão, um chazinho ou aquele café, e vem ler um conteúdo interessante. Se você quer saber mais sobre a sua saúde e uma das formas de manter o equilíbrio emocional em meio à pandemia, vai querer saber mais sobre a terapia on line. Tudo o que fazemos, e como fazemos, precisou mudar. Desde março de 2020, a vida do ser humano não é mais a mesma. Tudo precisou de uma readequação e as rotinas tiveram de ser adaptadas. Com o atendimento psicológico não é diferente. Em tempos de home office, video conferências, a terapia também entrou na lista do on-line. Uma das ferramentas mais importantes para o autoconhecimento e para a qualidade de vida, a terapia ganhou em seus métodos novas nuances a partir da pandemia. Terapeutas e pacientes precisaram adequar-se não somente à tecnologia, mas entender junto do tratamento, a importância deste distanciamento. Por isso, o que queremos mostrar aqui é a posição de terapeutas e pacientes, que avaliam, e até mesmo descobrem, essa nova forma de buscar o equilíbrio, com a ajuda essencial da tecnologia, mas, claro, com o olhar humano, apaixonado, do profissional que valoriza a vida e os relacionamentos dos quais ela é feita. Conversamos com as psicólogas Aurinez Rospide Schmitz e Ceciliana Candemil da Silva, que também é neuropsicóloga. Elas falam desta experiência imposta pela pandemia e asseguram que, apesar da mudança nos hábitos e nas rotinas das pessoas, a essência da terapia permanece a mesma, ajudar o paciente a encontrar seu caminho, a se encontrar. TERAPIA ON-LINE É DESAFIO PARA OS DOIS LADOS "A pandemia exigiu uma transição abrupta, uma mudança da noite para o dia. Todos os pacientes tiveram a possibilidade de migrar para o on line, mas nem todos quiseram", diz Aurinez, ao reconhecer que ainda há resistências. A proteção de um espaço físico, a sós com o terapeuta, promove uma sensação maior de estar à vontade com suas declarações protegidas, sem que ninguém mais as ouça. "Quem não seguiu on line foi por não ter um espaço reservado para isso", pondera Aurinez. Ceciliana, também compartilha da opinião de Aurinez quando conta que alguns de seus pacientes nem quiseram tentar a transição para o on line. "Como trabalho com Terapia Cognitivo Comportamental, utilizo muitas tarefas e recursos físicos, exigiu bastante flexibilidade cognitiva (e ainda exige!) para adaptar alguns recursos", completa Ceciliana. A jornalista K.P.G, de 29 anos, faz terapia desde os 6 anos de idade. Em 2017, precisou mudar de cidade e, para não trocar de terapeuta, decidiu manter o atendimento de forma remota. "Gosto da terapia on line, mas prefiro presencial, é mais confortável falar pessoalmente. Por outro lado, o atendimento on line é muito prático e possibilita conciliar com outras coisas que o cotidiano exige", afirma a jornalista. Na opinião da advogada T.S.L, 28, o atendimento on-line democratiza a terapia e coloca a possibilidade do tratamento mais próxima de quem tem problemas com deslocamento ou de tempo. Às pessoas que ainda têm receio desse tipo de proposta, a advogada orienta: "Creio que é preciso deixar os preconceitos de lado e experimentar. Com a ajuda de um bom terapeuta, são grandes as chances de que esse tempo de autoconhecimento, ainda que on-line/à distância, seja de grande crescimento", diz T., que começou a terapia há 1 ano e dois meses e há quatro meses faz on-line.
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