SOL DEMAIS PODE CAUSAR CÂNCER DE BOCA E LÁBIOS

Especialista em Estomatologia, Fabiana Granzotto esclarece pontos sobre a doença que precisa ser prevenida com cuidado e destaca a importância do autoexame

Sabemos, apesar de esquecermos muitas vezes, que o excesso de exposição ao sol pode causar câncer em várias áreas do corpo. Mas, um local, em especial, não recebe o cuidado necessário e pode ser, da mesma forma, alvo de uma doença silenciosa e perigosa: a boca e os lábios também pode ser atingidos pelo câncer. Trata-se de um sério problema, recorrente que precisa de atenção extra para prevenção. Veja aqui as orientações da especialista em odontologia clínica e hospitalar Fabiana Granzotto, que atua com foco em estomatologia. Ela esclarece aspectos importantes sobre os sintomas da doença, a prevenção e o tratamento.

Mesmo que a importância do uso do filtro solar seja algo quase que consolidado, as pessoas, de um modo geral, ainda não se conscientizaram sobre os cuidados com os lábios, de acordo com Fabiana. "É uma região sensível que geralmente fica sem receber proteção ou, até mesmo, a reposição do protetor solar, já que ao comermos ou bebermos algo, removemos aos poucos a camada protetora que ali havia, por isso, a profissional alerta que é essencial manter a região sempre protegida", diz a especialista, que atua na clínica Face +, de Novo Hamburgo (RS).

Além de ser o principal fator que provoca esse tipo de câncer, ao lado do álcool e do cigarro, continua Fabiana, tomar sol sem proteção pode mascarar os sintomas da doença, entre eles, pequenas rachaduras ou fendas que não cicatrizam por duas semanas – situação similar a quando os lábios ficam desidratados ou queimados pelo sol. 

Outros indícios da doença são a alteração na cor e consistência do lábio, bem como o aumento do volume da gengiva, da língua, sangramento repentino do lábio ou boca e nódulos na boca ou pescoço e desconforto no uso de próteses que já eram utilizadas. “O surgimento do câncer de lábios e boca também ganhou força nos últimos anos, em casos de pacientes com o vírus sexualmente transmissível HPV”, destaca.

Diagóstico precoce e chances de cura
Se diagnosticada precocemente, há grandes chances de cura da doença sem grande prejuízo à estética facial do paciente. Por isso, a especialista recomenda evitar o consumo excessivo de álcool, cachimbos e cigarros, a exposição ao sol sem proteção, próteses desajustadas na boca, além de possuir uma boa higiene bucal, fazer acompanhamento odontológico periodicamente e ter uma alimentação equilibrada. “Realizar o autoexame da boca, procurando qualquer tipo de alteração como feridas, inchaço ou manchas é uma prática imprescindível”, ressalta Fabiana (na foto abaixo).

Ao diagnosticar qualquer anormalidade, o paciente deve procurar um especialista em estomatologia, para realizar exames e tomar conhecimento sobre o tipo de câncer, em que estágio se encontra e o melhor tratamento a ser realizado, podendo envolver cirurgias, quimioterapia ou radioterapia.

 

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