RETORNO À VIDA SOCIAL: COMO LIDAR COM A ANGÚSTIA QUE A RETOMADA PODE GERAR?
Especialista explica que o processo pode ser doloroso e delicado para muitas pessoas e que o caminho é a busca do equilíbrioEm maior ou menor grau, a maioria das pessoas passou, ou ainda passa, pelo isolamento social e o medo constante de se contaminar com o coronavírus. Isso causou um impacto significativo na saúde emocional e reflete em dificuldade de planejar a retomada gradual das atividades sociais. Há pessoas para as quais essa volta à rotina de interação é uma ação que tende a ser dolorosa e merece muita atenção. Quem explica é a psicóloga Marina Arnoni Baliero. De acordo com ela, buscar um equilíbrio entre o cuidado físico e psíquico é essencial neste contexto de pandemia que ainda exige muita cautela. Como um primeiro passa, ela conta que é preciso identificar as causas desta situação. O que torna a volta tão angustiante? . “Distanciar-se por completo do contato com as pessoas não é saudável. Por isso, compreender se o receio é pelo medo da contaminação ou de reviver problemas que foram adormecidos nesta rotina online é crucial para a evolução do quadro”, esclarece a psicóloga que integra o quadro do Hospital Edmundo Vasconcelos. Nos dois cenários apontados por Marina, um fator é fundamental: respeitar o que se sente. Para a especialista, trata-se de um processo de readaptação e, por isso, o indivíduo não pode cobrar a mesma eficiência e produtividade anterior ou mesmo da vida on-line. "Respeitar os sentimentos é primordial, por isso, quando sentir angústia, ansiedade, pare, respire, lave o rosto e desligue o botão da responsabilidade por alguns instantes”, aconselha Marina. No entanto, nem sempre só as pausas e atenção aos sinais são suficientes e o acompanhamento com especialista torna-se indispensável. “Essa dor em pensar em voltar para a vida social pode vir acompanhada de um histórico de problemas passados de ansiedade e introspecção, por exemplo. Portanto, esse caso pode exigir um apoio especializado e individualizado a cada paciente”, reforça.Apesar de não existir uma maneira única de lidar com esta situação, vale ficar atento a alguns aspectos: Publicidade Publicidade |