QUEBREM O CONSERVADORISMO: SUGERE PRESIDENTE DA ACPA
Empreendedorismo feminino e pautas disruptivas marcaram a edição de março do Prato Principal da ACI-NH/CB/EVO Prato Principal que a ACI realizou nesta quinta-feira, 23, foi marcado pela apresentação de exemplos bem-sucedidos de empreendedorismo feminino e propostas disruptivas para empresas e entidades empresariais. O evento comandado pelo presidente Diogo Leuck teve também homenagens às empresas associadas aniversariantes e pelo Dia Internacional da Mulher. As palestrantes Suzana Vellinho Englert, presidente, Monica Riffel, vice-presidente de inclusão social e diversidade, e Rosani Pereira, vice-presidente de relações institucionais e políticas da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), foram intensamente aplaudidas por relatarem suas trajetórias profissionais e, principalmente, proporem uma nova maneira de agir às lideranças empresariais.Suzana, 68 anos, assumiu em 2022 o comando da entidade, com 165 anos, machista e conservadora, segundo ela. Desde então, coloca pratica uma gestão inclusiva e que oportuniza o acesso dos associados a novos horizontes. A diretoria 2022-2024 tem sete vice-presidentes mulheres, entre elas Monica e Rosani, e promove o empoderamento feminino. “Não é uma disputa de espaço com os homens. Queremos oportunidades iguais de ousar e mostrar nosso talento”, disse Suzana. A presidente lembrou do conselho do pai para ‘ousar e dizer ao mundo a que veio’ e surpreendeu ao sugerir que tanto empresas quanto entidades quebrem o conservadorismo e adequem-se à nova realidade do mundo. “Se não nos dermos conta das mudanças que estão ocorrendo, vamos ficar para trás”, destacou. Mulheres às avessas Para Monica Riffel, 57 anos, empreendedorismo é um estilo de vida e pode-se empreender em empresas, círculos de amizades e entidades. A vice-presidente de inclusão social e diversidade da ACPA é também fundadora de uma consultoria que desenvolve lideranças empresariais e, desde 2019, está à frente do projeto Mulheres às Avessas, que promove o debate sobre a sociedade atual. “Vivemos em um mundo patriarcal, onde a mulher nunca é boa o suficiente”, afirma. Conforme ela, empreender de forma feminina é um grande desafio, mas a feminilidade e a doçura da mulher não devem ser deixadas de lado. “Devemos juntar nosso conhecimento ao dos homens e construir juntos negócios que ofereçam perspectivas diferentes às próximas gerações”, propõe. Monica também coordena um projeto de mentoria a executivos desligados de empresas e realiza palestras para combater o etarismo e mostrar a importância de diferentes gerações atuarem juntas no mundo corporativo. “Hoje, profissionais são descartados aos 40 anos”, explica vice-presidente, que defende o fim do preconceito profissional, o aproveitamento de pessoas de maior idade em atividades de mentoria e a criação de programas de reinserção no mercado de trabalho. Atuação política Aos 63 anos, Rosani Pereira iniciou sua trajetória profissional em 1981, ao criar a casa de sucos Feira da Fruta. Fundou o primeiro hotel da capital gaúcha com conceito de moradia e atualmente comanda uma marca de cosméticos e marketing olfativo. Sua ligação com entidades empresariais iniciou-se em 1985, na Associação dos Jovens Empresários de Porto Alegre. “Foi onde aprendi a importância das entidades na vida de todos nós”, disse. Também atuou na Federasul e integra um grupo com atuação política que ajuda a eleger deputados estaduais, federais e prefeitos. “Envolvam-se com política, cobrem resultados e exijam prestação de contas”, enfatizou. Publicidade Publicidade |