PREVENÇÃO EMOCIONAL: ENTENDA A IMPORTÂNCIA

Ansiedade, estresse, tristeza, depressão. Esses são apenas alguns dos problemas da sociedade moderna, que podem levar a complicações de saúde ainda mais graves. A maioria das pessoas sabe o que pode acontecer com um organismo cheio de preocupações, mas costuma buscar ajuda somente depois das consequências já instaladas. Poucos se preocupam com o que pode ser chamado de prevenção emocional, cuidar de suas emoções por meio de suas escolhas para evitar o sofrimento, ou pelo menos, diminui-lo.

É comum buscar a prevenção a doenças como câncer, obesidade, diabetes… Mas, quem busca prevenir a mente? Entenda, e pratique, a importância desse olhar.

Em um de seus livros, o psiquiatra e psicoterapeuta Augusto Cury, chama a atenção para vários aspectos dessa questão. Segundo ele, em Ansiedade: Como Enfrentar o Mal do Século, ele diz que a maioria das pessoas é capaz de dirigir um carro, mas não aprendeu a dirigir suas emoções, reações e pensamentos. “Vivemos numa sociedade superficial e estressante, que todos os dias nos vende produtos e serviços, porém, não nos ensina a desenvolver um ‘Eu’ gerente, maduro, inteligente, cônscio dos seus papéis fundamentais. Como está seu Eu?”, indaga o escritor.

Que tal iniciar a jornada de controle do seu Eu? A melhor maneira é lutar contra o estresse, como explica a psicóloga Andréia Reis. “Este é o maior causador de doenças tanto físicas como emocionais. Mantendo o equilíbrio emocional estamos protegidos de maiores problemas”, considera Andréia, que integra o quadro do Núcleo de Atendimento Psicológico (NAP), de Novo Hamburgo (RS).

Nesse contexto, é importante falar do papel do psicólogo. É este profissional que pode ouvir o outro não como amigo, que nem sempre vai apontar a verdade, e sim como alguém capaz de entender o que se passa na mente desta pessoa e como aprender a lidar com todos os fantasmas existentes dentro dela.

O FIM DO PRECONCEITO

Por um bom tempo, a busca por ajuda psicológica foi vista com preconceito. A barreira ainda nao está totalmente vencida, mas Andréia vislumbra um futuro positivo. Para ela, atualmente o trabalho do psicólogo está sendo mais valorizado. A busca tem sido maior, considera ela. “Ainda a questão do valor pesa na escolha de fazer ou não terapia. As pessoas investem pouco ou nada no autoconhecimento”, destaca Andreia.

Mas, voltando à questão inicial, ela reconhece que dificilmente alguém busca terapia de forma preventiva. De acordo com ela, o psicólogo é lembrado somente no momento do sofrimento e da dor emocional, principalmente quando esta está limitando ou atrapalhando muito o desenvolver de sua vida pessoal e no trabalho ou depois de um trauma muito forte. “O importante é lembrar que a base para nossa vida ser considerada plena é o autoconhecimento e a paz interior. E quando isto ocorre? Quando olho com coragem pra dentro de mim”, salienta a psicóloga. Por isso, não hesite em buscar ajuda terapêutica diante de qualquer sinal de desequilíbrio ou dúvida. Não menospreze os sinais emocionais que seu corpo dá.

Se algo o incomoda, lhe tira o sono e lhe deixa triste, divida isso com um psicoterapeuta. Os resultados podem lhe surpreender!