Com a proximidade das festas de fim de ano, quem tem animais de estimação se preocupa com uma questão vital: o barulho dos fogos de artifício. Apesar da lei no Rio Grande do Sul, que proíbe a soltura e a queima de fogos ruidosos, boa parte da população ainda não a respeita, mesmo sob a pena de uma multa de R$ 10 mil.
Por isso, é cada vez mais importante que a população se mobilize e promova festas de modo que os pets permaneçam protegidos.
De acordo com o médico veterinário Rubem Lundgren Cavalcanti, o barulho dos fogos deixa os animais muito assustados, pois a capacidade de ouvir que eles têm é muito maior que a dos humanos. “A audição dos pets é bastante sensível, por isso barulhos causam tanto incômodo. Os fogos de artifício deixam eles estressados, agressivos e assustados, o que acaba gerando acidentes e até descompensação em pacientes cardiopatas”, salientou.
Quando ficam assustados com os barulhos dos fogos, alguns pets podem tentar fugir, e acabar se perdendo de casa, pulando de locais altos ou sendo atropelados na rua. Quando chegam no auge da ansiedade podem perder as unhas das patas de tanto raspar nas paredes e portas. Alguns chegam a morder objetos da residência e, até mesmo, as próprias patas, o que pode gerar machucados profundos.
Luis Felipe Nunes que é gerente técnico do Grupo Hospitalar Pet Support, onde atua com o veterinário Cavalcanti, dá algumas dicas para proporcionar mais conforto aos pets neste momento. Para ele, o ideal é consultar um veterinário antes de eventos estressantes, pois existem medicações que podem ajudar na ansiedade dos animais. “Esses remédios funcionam, mas precisam ser administrados dias antes do evento estressor. A consulta é essencial para que a gente consiga definir um protocolo para cada animal”, acrescentou.
Outra dica é colocar algodão nos ouvidos para abafar o barulho, porém, é necessário cuidado, pois o pet pode acabar comendo e o tutor não pode esquecer de retirar. Além de optar sempre pelos lugares mais silenciosos da casa e jamais deixar os animais sozinhos.
