OTOPLASTIA: MITOS E VERDADES
Descubra as particularidades da cirurgia que harmoniza a forma e tamanho das orelhasA otoplastia é um dos procedimentos estéticos mais realizados no país. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, somente durante o ano de 2016 ocorreram 56 mil realizações da intervenção que repara desproporções na forma e tamanho das orelhas. Mas, apesar da alta incidência, a otoplastia ainda gera muitas dúvidas. Conhecer os fatos e também desmistificar falsas informações é o melhor caminho na decisão de uma cirurgia, tanto para você, quanto para seu familiar. Descubra, nas explicações do otorrinolaringologista Nelsoni de Almeida, Membro da Academia Brasileira de Cirurgia da Face, importantes dados sobre a otoplastia: A otoplastia corrige somente orelhas proeminentes. MITO. A popular “orelha de abano” é o motivo mais comum para a realização da otoplastia. Trata-se de um conjunto de alterações que projeta as orelhas desproporcionalmente para longe da cabeça, fazendo com que pareçam mais abertas. Mas a otoplastia pode também corrigir o tamanho das orelhas, deformações traumáticas e o lóbulo – quando projetado para frente, ou mesmo se rasgado pelo uso de brincos e piercings. “Orelha de abano” é uma herança genética. VERDADE. As variantes da anatomia que resultam na proeminência das orelhas são hereditárias, porém não se manifestam em todas as pessoas que têm na sua carga genética a predisposição. No entanto, o mais comum é que as pessoas tenham vários familiares com o mesmo problema. Seja qual for o caso, é possível reverter a forma das orelhas com moldes. MITO. Algumas terapias, quando aplicadas nas primeiras semanas de vida do bebê, trazem bons resultados por meio da moldagem com aparelhos. Mas após esta fase, a maneira eficaz e tradicional é mesmo a cirurgia. A otoplastia pode ser realizada em crianças. VERDADE. Recomenda-se fazer a cirurgia a partir dos seis anos de idade, quando a cartilagem das orelhas já atingiu praticamente seu tamanho total. Mas a realização em jovens e adultos também é muito comum. A otoplastia interfere na audição. MITO. O procedimento é feito de forma inteiramente externa, sem interferência alguma no sistema nervoso da audição. É preciso usar faixa no pós-operatório. VERDADE. O paciente fica com ataduras por volta de 24 a 48 horas após a cirurgia e, depois, usa uma faixa para proteger a orelha durante a noite, na primeira quinzena do pós-operatório. As cicatrizes são aparentes. MITO. Há diversas formas da cirurgia, divididas basicamente em técnicas de corte ou de sutura da cartilagem – estas reconstroem de forma mais natural a curvatura das cartilagens. Em todas elas, as cicatrizes são realizadas na região posterior da orelha, tornando a marca praticamente imperceptível. Os resultados favorecem muito mais que a estética. VERDADE. Orelhas proeminentes são características salientadas na negativa prática do bullying, especialmente entre crianças em idade escolar e adolescentes, e também razão para a insatisfação com a própria imagem em adultos de variadas idades. Sua harmonização é altamente importante para a qualidade da autoestima e bem-estar. Publicidade Publicidade |