LEIA MULHERES: NOVO HAMBURGO SE PREPARA PARA O PRIMEIRO ENCONTRO

Projeto internacional de leitura coletiva vai estrear com clássico de Harper Lee

Que ler é uma das melhores coisas que existem, a gente sabe né? Mentes que se expandem, conhecimento que chega e clareia ideias e pensamentos são algumas das vantagens da leitura. E quando se pode fazer isso em grupo, uma leitura coletiva, todos os benefícios são potencializados. Já falamos aqui sobre o projeto Leia Mulheres, que há poucos meses chegou em São Leopoldo (RS) e agora, felizes da vida, viemos contar que a iniciativa também vai ocorrer na vizinha Novo Hamburgo (RS) a partir deste mês.

Será em 27 de abril que as nutricionistas Michele Blankenheim e Samira Carvalho Gonçalves vão coordenar o primeiro encontro do projeto que visa a valorizar a produção de mulheres que fazem literatura, às 16h, na Casa da Praça (Rua Cacequi, 19, bairro Boa Vista). O debate será em torno da obra O Sol é Para Todos, da americana Harper Lee.

Antes, vamos relembrar aqui um pouco do que é o Leia Mulheres. Em 2014, a escritora Joanna Walsh propôs o projeto #readwomen2014 (#leiamulheres2014) que consistia basicamente em ler mais escritoras. Em 2015, Juliana Gomes, Juliana Leuenroth e Michelle Henriques transformaram a ideia de Joanna Walsh em algo presencial em livrarias e espaços culturais brasileiros. Um convite à leitura de obras escritas por mulheres, de clássicas a contemporâneas. “O mercado editorial ainda é muito restrito e as mulheres não possuem tanta visibilidade, por isso a importância desse projeto”, afirma Michele.

ENTRE AS MEDIADORAS NACIONAIS

Leitoras ávidas, Michele e Samira tiveram contato com um grupo de leitura pela primeira vez em 2016, na capital Porto Alegre, mas a distância impossibilitava a participação em todos os encontros. Por isso, decidiram, por que não, fundar o Leia Mulheres em sua cidade. Para fundar o grupo, é preciso contatar inicialmente as mediadoras nacionais e justificar a proposta. Depois de fazerem isso, Michele e Samira foram incluídas na lista nacional de mediadoras e passaram a receber orientação sobre como conduzir os encontros.

Mas, engana-se quem pensa que o projeto é limitado a mulheres. O foco são as escritoras, mas qualquer gênero é bem-vindo. “Os homens podem e devem participar, pois não basta mulheres lerem mulheres. Queremos estimular a leitura de autoras por todos os públicos. O mercado editorial ainda é muito restrito e as mulheres não possuem tanta visibilidade, por isso a importância desse projeto”, avalia Michele.

O título para o primeiro encontro se deu entre as duas mediadoras porque ainda não era possível promover uma escolha, já que o grupo ainda não estava formado. Por isso, diz Samira, optaram por uma obra clássica e conhecida de todos. Agora, uma enquete foi lançada no grupo no Facebook e os participantes vão sugerir os títulos para o mês, que irão para votação.

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