HOTÉIS NA SERRA GAÚCHA: DIÁLOGO COM O DESEJO DO TURISTA

Escritório de arquitetura Mottin Favero vem se destacando por grandes trabalhos de revitalização e projetos diferenciados em hotéis e resorts

A gente adora falar de coisas que inspiram e deixam a vida mais leve e mais bonita. Conhecer lugares e pessoas especiais nos deixa a mensagem de que sempre há quem use a criatividde e o talento para tornar a vida de outras pessoas mais encantadora.

Foi isso que aprendemos recentemente quando fomos recebidos por uma dupla de arquitetas que mais do que talento e criatividade, imprime a seu trabalho afeto e paixão. À frente do escritório Mottin Fávero, em Gramado, Larissa Mottin e Rúbia Fávero vêm desenvolvendo um grandioso trabalho de revitalização e também de projetos na hotelaria tradicional na Serra Gaúcha, há sete anos.

Trata-se de um movimento ditado pela postura do próprio turista que, como elas contam, está se especializando mais, por meio da internet e dos sites de avaliação. Isso faz com que se torne cada vez mais exigente quando se trata de estrutura em hotelaria. Dessa forma, o caminho dos investidores e empresários do meio é tornarem-se mais competitivos.

Segundo as arquitetas, os projetos de  grande porte para hotéis e resorts representam 90% dos trabalhos desenvolvidos no escritório. “São obras estruturadas partir de 40 mil metros quadrados e 300 unidades”, frisam as arquitetas. São empreendimentos que ainda dominam os lançamentos na Serra Gaúcha. Porém, segundo elas, nestes últimos meses vem crescendo os projetos de revitalização, com melhorias na qualidade, estrutura e inovação em arquitetura. “Esse movimento vem de encontro ao fato de o turista buscar opções de hospedagem típicas, peculiares da Serra Gaúcha e com estrutura que permita personalização. E os empresários do setor estão percebendo isso”, completam as profissionais.

Mas, apesar de a revitalização ser uma tendência, há casos como o Colline de France, um projeto desenvolvido pelo Mottin Fáver consolidado com base em conceitos de hotelaria boutique. Inspirado nas colinas da França e na decoração do luxuoso Segundo Império Francês, esta encantadora construção se destaca pela excelência no serviço e em seus 34 apartamentos.

Outra proposta desenvolvida por Larissa e Rúbia ilustra a responsabilidade ambiental impressa em todos os trabalhos do escritório. O Hotel Daara (abaixo), construído ao lado do centro de eventos ExpoGramado teve seu projeto inicial modificado significativamente. Para preservar o meio ambiente, a planta inicial teve de ser alterada para reorganizar o fluxo de água.

A primeira ideia era posicionar o acesso principal para a Avenida Borges de Medeiros, mas para maior preservação da mata atlântica, este acesso foi relocado para a lateral do terreno. Além disso, o projeto de todo hotel foi estruturado de para reaproveitar a água da chuva, utilizada para uso em manutenção, limpeza e nos jardins. Essa característica é exigida por legislação na cidade.

Que o trabalho de Larissa e Rúbia seja inspiração para as coisas que fazemos, especialmente se elas têm relação direta com a vida de outras pessoas. Certamente, da próxima vez que se hospedar em um hotel ou ainda que somente visite uma região turística, seu olhar para a arquitetura pode ser um pouco diferente.

 

 

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