FALTA DE EXPOSIÇÃO À LUZ SOLAR PODE PREJUDICAR A SAÚDE
Dermatologista Ana Paula Caromori alerta, que contato com sol é fundamental na produção de vitamina D, em tempos de pandemiaA vitamina D é produzida no organismo, naturalmente, através da exposição da pele à luz solar. Essa vitamina, possui uma relação direta com a imunidade e com o metabolismo ósseo dos indivíduos. Sendo fundamental para a saúde do nosso organismo. Quem faz ponderação, é a dermatologista Ana Paula Caramori, da clínica Ana Paula Caramori, em Porto Alegre. Com a pandemia e o isolamento, muitos deixaram de ter contato diretamente com a luz solar. Respeitar os critérios de distanciamento social é de extrema relevância. Porém, as pessoas precisam ficar atentas a essa questão. "Sabemos que não há exposição solar completamente segura, quando pensamos no câncer de pele. Mas, clinicamente falando, a exposição solar, além de estimular a produção de vitamina D, exerce outros efeitos terapêuticos importantes, como a melhora do humor, através da liberação de endorfinas. O que é fundamental, neste momento que atravessamos", explica a médica. De acordo com Ana Paula Caramori, todos aqueles que puderem e tiverem indicação de permanecer em casa, devem seguir respeitando essa orientação. Entretanto, devem procurar entrar em contato com a luz solar direta. "Se exponha ao sol por 10-15 minutos. Seja da sua varanda, ou na janela do apartamento. Mas atenção, os vidros precisam estar abertos, porque eles bloqueiam o raio ultravioleta B, responsável pela síntese de vitamina D. Receba essa luz solar, diariamente, se possível e sempre protegendo e evitando expor a face", ressalta. Recentemente, a Universidade de Turim, na Itália, realizou estudos preliminares, demonstrando menores níveis de vitamina D, nos pacientes italianos acometidos pelo novo coronavírus. Sabe-se que a vitamina D, tem influência na regulação dos processos de imunidade. Mas não há estudos, que demonstrem que a suplementação desta vitamina, proteja ou diminua os riscos de contágio deste vírus. Ana Paula lembra que, de acordo com as recomendações mundiais dos órgãos de saúde, os níveis de vitamina D, devem estar acima de 20 ou 30 ng/mL (nanogramas por mililitro), dependendo da faixa etária e de fatores de risco. Mas, não devem ultrapassar 70 ng/mL, pelo risco de sobrecarga renal. Ana Paula Caramori, alerta à população para que evitem usar por conta-própria a vitamina D, pois, quando em excesso, podem ser prejudiciais. “Em demasia, pode desencadear outros problemas. A necessidade do uso e a dosagem, deverá ser sempre indicada por um médico”, salienta. O exame da vitamina D, também é conhecido como exame de hidroxivitamina D ou 25(OH) D. Ele tem como objetivo, verificar a concentração de vitamina D no sangue, já que ela é essencial à regulação dos níveis de fósforo e cálcio. A médica orienta que alguns alimentos como carnes, peixes, ovos e laticínios, também são ricos em vitamina D. Hidratação no combate às dermatites Neste período de pandemia, a dermatologista Ana Paula Caramori também sugere que se otimize mais a prática da hidratação das mãos, após as lavagens ou higienização. A mesma regra é válida para o corpo, posterior ao banho. A médica faz esse alerta, em função dos casos de dermatites, que podem ocorrer na pele, pelo uso muito frequente de álcool em gel, lavagem e fricção das mãos, inúmeras vezes ao dia. "Lavar e higienizar as mãos de forma correta, é imprescindível no combate a essa pandemia! Entretanto, ocorre que algumas pessoas, na tentativa de proteger-se do novo coronavírus, tem lavado as mãos e usado álcool em gel com uma frequencia exagerada. E isso pode ocasionar uma dermatite ou piorar seus sintomas. Estamos caminhando à estação de inverno, época em que o frio e a temperatura da água quente, ressecam ainda mais a nossa pele. Por isso, fica a dica! Quem puder usar um hidratante, depois das lavagens de mãos e do contato frequente com o álcool em gel, seria o ideal. Nem que seja hidratar apenas uma vez ao dia,“ conclui.
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