DICA DE LEITURA: EU JULGUEI UM LIVRO PELA CAPA...

Um livro encantador, A Caderneta Vermelha coloca o leitor em uma busca divertida por uma mulher que não deixa pistas

Por Aline de Melo Pires*

Diz o ditado que não se deve julgar um livro pela capa. Mas eu o fiz. Apaixonei-me antes pela capa do que pela história. Confesso que também fui fortemente influenciada pela crítica, entre tantas ótimas, da página Lê Esse Book, no Facebook. Depois de ser conquistada pela capa, uma linda e sensível ilustração, fui conquistada pela sinopse de A Caderneta Vermelha, (Editora Alfaguara), a primeira obra do francês Antoine Laurain, roteirista e jornalista, traduzida para o português. Um livreiro que caminha tranquilamente pelas ruas de Paris, em uma manhã igualmente marcada pela tranquilidade, encontra, na calçada, uma bolsa feminina, abandonada. Sem nenhum sinal de sua dona, a bolsa está repleta de objetos, entre eles, uma caderneta vermelha. Nela, estão anotações, ideias, pensamentos, que revelam uma pessoa cujo perfil o livreiro Laurent Letellier adoraria conhecer
Mesmo sem nenhuma pista, ele decide descobrir quem é a misteriosa dona da bolsa. Mas, como encontrar uma pessoa entre tantas, numa cidade de milhões de habitantes, sem nenhuma pista concreta? Sem nenhum ponto de partida? 
A Caderneta Vermelha é uma história doce, mas nem por isso superficial, bem pelo contrário, e Laurain consegue aliar romance e mistério de forma encantadora. Recomendo. Especialmente acompanhado por uma taça de vinho tinto ou uma caneca do mais delicioso café... Feche os olhos e ... voilà! Estará em... Paris!

*Jornalista - Editora do Temas Preferidos