DIA DA GULA: UMA OPORTUNIDADE PARA CONHECER MELHOR OS SINAIS DO CORPOVeja dicas de como manter a sintonia entre as sensações do corpo, da comida e da menteJá deve ter acontecido com você: a fome já passou, mas continua a comer... Há quem chame isso de gula, mas é muito importante estarmos atentos aos sinais do nosso corpo. Por isso, esta quarta-feira, 26 de janeiro, conhecida como o Dia da Gula, deve ser uma oportunidade para pensarmos melhor a respeito dos sinais de fome e saciedade que nosso corpo “emite” e o quanto pode ser prejudicial à saúde não ter o controle na hora de se alimentar, podendo levar a transtornos alimentares. De acordo com Bruna Nogueira, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), saber diferenciar sensações como a fome física, fome específica, fome emocional e saciedade é crucial na hora de manter o autocontrole. Mas, você sabe a diferença? Fome física: é a necessidade fisiológica de comer e não está relacionada a alimentos específicos. Ela está relacionada com sinais físicos como fome que cresce aos poucos, estômago roncando e qualquer tipo de alimento ou preparação trará saciedade; Fome específica: é o desejo de comer algum alimento específico. É necessária atenção para esse tipo de fome para que não se torne um hábito; Fome emocional: é a vontade de comer como forma de compensação de alguma situação e/ou emoção. Não se relaciona com sinais físicos de fome; Saciedade: sensação de estômago cheio e tranquilidade, sem nenhum tipo de desconforto associado. Pode estar relacionada ao momento de parar de comer e seus sinais aparecem já quando os nutrientes são absorvidos em nosso corpo. Prestar atenção ao comer ajuda a identificar os indícios de saciedade. “É importante comer com atenção plena. Ou seja, durante as refeições é essencial estarmos atentos aos sabores, cores, texturas e aromas dos alimentos. É necessário ter um momento calmo, tranquilo, longe de aparelhos eletrônicos, com foco na ação da vez: o comer”, explica Bruna. A desregulação do controle de fome e de saciedade pode ser uma das explicações para os transtornos alimentares. Estes são entendidos pela ciência como doenças psiquiátricas com características de alterações no comportamento alimentar, controle de peso e forma corporal. Entenda melhor: Anorexia Nervosa: perda em excesso e intencional de peso com emagrecimento intenso, abaixo do peso ideal para a altura, idade e outros fatores. Bulimia Nervosa: passa por um ciclo de restrição de alimentos, compulsão e compensação (a qual pode estar relacionada com ingestão de laxantes, diuréticos, indução de vômitos, entre outras estratégias compensadoras). Para conseguir manter a sintonia entre as sensações do corpo, da comida e da mente, a nutricionista separou algumas dicas:
“É essencial lembrar que dentro de um cardápio balanceado e variado todos os alimentos e grupos podem fazer parte das refeições: legumes, verduras, frutas, pães, massas e carnes são exemplos de alimentos que devem estar presentes no dia a dia. Além disso, sempre procure um profissional da saúde capacitado para uma melhor orientação”, finaliza a especialista. Publicidade Publicidade |