CUIDADO COM AS UNHAS: ISOLAMENTO SOCIAL É OPORTUNIDADE DE OLHAR DE FORMA DIFERENTE PARA A SAÚDE E BELEZA

O uso de esmalte sem pausa pode predispor a infecção das unhas por fungos, além disso pode gerar enfraquecimento e ressecamento. Como durante a quarentena muita gente não está esmaltando as unhas, essa pode ser uma das boas práticas nesse momento.  

A quarentena é um excelente momento para fazer esse "detox". "Sem dúvida, o uso contínuo de esmaltes deixa as unhas fracas e aumenta a probabilidade de desenvolver alguma micose. Quando ficamos com esmalte continuamente não conseguimos hidratar a placa ungueal, isso torna as unhas mais frágeis e quebradiças. Os fungos, que causam as micoses, são oportunistas e se proliferam em ambientes úmidos e abafados. Com o uso contínuo de esmalte nós, de certa forma, abafamos as unhas e ficamos mais vulneráveis a essa doença, independente da cor do esmalte que é usada. As cores mais escuras tendem a deixar a unha amarelada", explica a dermatologista Fabiana Seidl.  

A médica sugere aproveitar esse período para deixar as unhas ao natural.  "Na quarentena sugiro deixar sem esmalte ou base, hidratar a placa ungueal e as mãos com frequência. Existem hidratantes específicos para mãos e para as unhas no mercado, mas podemos usar óleo de amêndoas, por exemplo, que cumpre muito bem a função de hidratar", detalha Dra. Fabiana. 

As unhas devem ser mantidas bem cortadas, lixadas e devemos evitar tirar as cutículas, que são uma proteção contra a entrada de microorganismos na pele envolta das unhas. "As cutículas geralmente incomodam quando estão ressecadas, por isso reforço que a hidratação das unhas é importantíssima. Pode-se empurrar gentilmente as cutículas e aquelas que estiverem incomodando podem ser retiradas com cuidado com alicate. Não recomendo unhas compridas, nem mesmo higienizando corretamente, pois acabam funcionando como um reservatório para vírus, bactérias e fungos", Fabiana Seidl.  

A dermatologista Mariana Chambarelli, da Clínica Chambarelli, reforça que a cutícula atua como uma barreira de proteção para as unhas.  "As cutículas evitam a entrada de microrganismos como fungos e  bactérias. Quando removida, facilita a penetração de produtos irritantes e aumenta a chance de inflamações e infecções da pele ao redor das unhas. Chamamos de paroniquia aguda quando apresenta uma inflamação/infecção mais recente, apresentando desde uma inflamação leve, avermelhada, dolorosa até presença de pus e carne esponjosa' chamada granuloma piogênico. E crônica, quando ao longo do tempo surge um abaulamento da pele ao redor da unha", diz.

Mariana destaca que é muito importante a avaliação e diagnóstico do dermatologista para a escolha do tratamento. Segundo ela, poderá ser necessário uso de antibiótico oral/tópico, corticoide, antifúngico."Em casa, é orientado não remover as cutículas e  hidratá-las bem", completa Mariana.

Para quem aderir as unhas sem esmalte, Fabiana Seidl dá uma dica: é bom evitar o uso de acetona e utilizar removedor de esmalte sem acetona ou óleo de banana para retirar o esmalte. A acetona contribui para deixar as unhas frágeis. 

Fabiana Seidl explica ainda que o principal cuidado com as unhas e cutículas é a hidratação. "Quando lavamos muito as mãos e utilizamos álcool em gel, como ocorre agora, as cutículas acabam ficando muito ressecadas e mais evidentes e a unha fica frágil, quebrando com mais facilidade. Por isso aconselho hidratar as mãos após cada lavagem e, ao longo do dia, aplicar ceras, óleos ou pomadas hidratantes unha por unha fazendo uma leve massagem", comenta.  

Veja mais dicas para manter as unhas sempre saudáveis e fortes nesse momento: 

- Evitar o uso de acetona. Prefira removedores de esmalte sem acetona

- Hidratar constantemente a placa ungueal

 - Alimentação diversificada e balanceada 

 - Usar luvas para manipular produtos químicos e para lavar louças, caso mexa muito com água 

  - Manter as unhas bem cortadas e lixadas

  - Não fazer uso de nenhum tipo de unha artificial.