CARTILHA ORIENTA POPULAÇÃO SOBRE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Material pode ser acessado, gratuitamente, no site da Universidade Feevale

A prolongada convivência de casais, o surgimento de incertezas e o distanciamento social podem se transformar em violência. Com o objetivo de prevenir as agressões contra as mulheres, principalmente durante a pandemia, o projeto social Laços de Vida, desenvolvido pela Universidade Feevale, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão (Proppex), lançou a cartilha Informações Para a População Sobre Enfrentamento à Violência Contra a Mulher.
 
O Laços de Vida desenvolve, através dos grupos de apoio e de oficinas de arteterapia, a melhora da condição psíquica, da construção da autonomia e do protagonismo social de mulheres em situação de vulnerabilidade psíquica e socioeconômica. O trabalho é realizado nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), de Novo Hamburgo.

Disponibilizado no formato digital, o material elaborado pela equipe do projeto, liderado pela professora Ronalisa Torman, traz informações para a identificação e o enfrentamento à violência, os riscos do isolamento social e como as vítimas podem obter ajuda. A cartilha pode ser acessada gratuitamente aqui . 

Conforme Ronalisa, a cartilha visa auxiliar as mulheres a entenderem o que é violência doméstica e a expandir a interferência do projeto social na comunidade. "Verificamos, com base nos dados oficiais, a diminuição nos casos de feminicídio, mas, ao mesmo tempo, constatamos que a violência doméstica tem aumentado durante esse período de isolamento", destaca. "Queremos que as vítimas entendam e saibam identificar os tipos de violência e possam se ver dentro do ciclo e se encorajar a denunciar", complementa.
   
Tipos e padrão cíclico
 
A cartilha informa os cinco tipos de violências sofridas pelas mulheres: física, moral, patrimonial, psicológica e sexual, que apresentam um padrão cíclico, divido em três fases:

Aumento de tensão: agressor tenso e irritado por coisas insignificantes, chegando a ter acessos de raiva. Humilha a vítima, faz ameaças e destrói objetos. A mulher tenta acalmar o agressor, fica aflita e evita qualquer conduta que possa "provocá-lo".
 
Ataque violento: é a explosão do agressor, ou seja, toda a tensão acumulada na fase 1 se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial.
 
Lua de mel: caracteriza-se pelo arrependimento do agressor, que se torna amável para conseguir a reconciliação. A mulher se sente confusa e pressionada a manter o seu relacionamento diante da sociedade, sobretudo quando o casal tem filhos. Há um período relativamente calmo, mas a tensão volta e, com ela, as agressões da fase 1.
  
Onde buscar ajuda
 
Brigada Militar: Disque 190 
Disque Direitos Humanos - Secretaria Nacional de Direitos Humanos: Disque 100
Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres: Disque 180
Polícia Civil para denúncias via WhatsApp: (51) 98444-0606 
CREAS Viva Mulher (Av. Pedro Adams Filho, 5848, Novo Hamburgo): (51) 3097-9482 
Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (R. Júlio de Castilhos, 806, Novo Hamburgo): (51) 3584-5801
Procuradoria Especial da Mulher (R. Almirante Barroso, 261, Novo Hamburgo): (51) 3594-0560 ou acessando portal.camaranh.rs.gov.br
Núcleo de Apoio aos Direitos da Mulher (Nadim) da Universidade Feevale (ERS-239, 2755, Novo Hamburgo): (51) 3586-9215