AUMENTO DOS CASOS DE COVID-19 PREOCUPA E ACENDE ALERTA
Conduta da população será decisiva para o cenário das próximas semanas, segundo virologistas da Universidade Feevale"É um momento de apreensão para todos que estão envolvidos no enfrentamento à pandemia. A população precisa estar ciente de que sua conduta será decisiva para o cenário das próximas semanas". A afirmação é de quem está diariamente no cenário que gera os números sobre a pandemia do coronavírus e do que eles representam. Nesta segunda-feira, foi divulgado levantamento do mestrado em Virologia da Universidade Feevale (RS) sobre os casos de Covid-19 na região do Vale do Sinos. E os resultados preocupam, houve um crescimento exponencial nas últimas semanas e o alerta que abre este texto é da coordenadora do mestrado da Universidade, Juliane Fleck. Para a pesquisa, foram considerados os dados disponibilizados pelo Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) do Vale do Rio dos Sinos (Consinos) e pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio do portal, clicando aqui. O levantamento demonstra que, em novembro, o aumento de casos positivos para Covid-19 na região atingiu um número superior ao registrado no pico, em julho. Na semana de 31 daquele mês, foram 1942 novos casos; em novembro, desde a semana do dia 13, foram 1477, 2101 e 2545 novos casos por semana, respectivamente, em todo o Vale do Sinos. Considerando somente os testes realizados pela Feevale, por exemplo, a média móvel de casos positivos subiu, de 25% em outubro, para mais de 40% nos últimos 20 dias – na semana de 22 a 28 de novembro, de 1204 amostras analisadas, 508 foram positivas. Em números absolutos, a região tem 32.203 casos acumulados de Covid-19, desde o início da pandemia, com 632 óbitos. A taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva está em 92%, também a maior desde o final de julho. De acordo com a coordenadora do mestrado em Virologia da Universidade Feevale, Juliane Fleck, este é um período muito preocupante, em que se verifica uma maior procura nos centros de triagem nas emergências, fazendo com que unidades/leitos específicos para Covid-19 tenham que ser reativados. "Ainda, há profissionais de saúde afastados, por estarem infectados, exigindo mais daqueles que permanecem na linha de frente. Soma-se a isso, o cansaço dos profissionais de saúde, acumulado nesse ano desafiador, e a preocupação com a ocupação hospitalar, que pode colocar em risco aqueles que precisarem de atendimento, independente da motivação", alerta Juliane. Por isso, fica aqui o apelo para que as regras de segurança, para o uso de máscara e para a higienização constante das mãos, com água e sabão e álcool gel. Confira a evolução da pandemia no Vale do Sinos neste link. Publicidade Publicidade |