ARTIGO | É hora de acalmar nossas crianças
O medo excessivo é desproporcional ao perigo real, ele prejudica a alimentação, o sono, a interação social ou o desenvolvimentoPor Ester Chapiro* É fato que os últimos noticiários sobre a violência nas escolas foram aterrorizantes e ameaçadores para toda a sociedade. Eles impactam profundamente as crianças, gerando medo e ansiedade. É preciso dialogar com as famílias e profissionais de ensino para evitar o pânico descontrolado. Carecemos de crianças tranquilas e saudáveis para se relacionar e aprender. Tente manter a normalidade em casa e na escola. Tenha uma rotina diária, com horários definidos para ir à escola e fazer as atividades habituais. Isso contribui para reduzir a ansiedade das crianças. Sempre que possível evite falar coisas que colaborem para aumentar o medo. Cuide de você e de sua saúde mental. Se o adulto não recuperar a sensação de segurança, não conseguirá transmiti-la para quem precisa. Busque conversar sobre o que pode estar perturbando a criança e ouça suas preocupações. Tente explicar de forma honesta e mais clara possível o que aconteceu e esteja aberto para responder a quaisquer perguntas que possam surgir. Evite dar mais informações do que elas precisam ou podem lidar. Os pequenos possuem medos diferentes dos adultos. O medo excessivo é desproporcional ao perigo real, ele prejudica a alimentação, o sono, a interação social ou o desenvolvimento. Pode causar comportamentos regressivos, como voltar a usar chupeta, voltar a querer dormir com os pais, etc. Provocar tremores, choros, tonturas, dificuldade respiratória, irritabilidade excessiva e outros sintomas corporais e ainda, pode também gerar comportamentos obsessivos e/ou compulsivos, como criar rituais repetitivos para se proteger, se preocupar demais com detalhes, entre outros. Ressalte que há muitas medidas de segurança sendo adotadas na escola para manter a segurança: como muros altos, portões fechados e até a presença de guardas e câmeras de segurança. Se perceber que a criança está muito assustada, ofereça algo para distraí-la e ajudá-la a se sentir mais no controle da situação. Proponha atividades divertidas e relaxantes, como desenhar, colorir e brincar. O medo em excesso paralisa! A maneira de lidar com o medo de uma criança pode ter um impacto significativo em como ela sente sobre si mesma e sobre o mundo. Caso você note que ela tem medo excessivo a ponto de comprometer seu bem-estar emocional, considere consultar um profissional de saúde mental. * Com mais de 30 anos de sólida vivência na área educacional, Ester Chapiro é psicopedagoga, Especialista em desenvolvimento humano, educadora, Coach, analista comportamental, Consultora Pedagógica e Palestrante. É diretora da Central de Professores (https://www. Publicidade Publicidade |