AFOGAMENTOS COM CRIANÇAS: TEMPORADA DE CALOR ACENDE O ALERTA
Para bebês, poucos centímetros de água representam perigo; saiba como agir para prevenir afogamentosA temporada de praias e piscinas é motivo de alegria para as crianças que adoram uma brincadeira na água. Mas todo cuidado é pouco quando se trata de acidentes silenciosos como os afogamentos. “Bastam alguns instantes de descuido para que o pior aconteça. Não à toa, segundo os dados do Ministério da Saúde, os afogamentos são a segunda maior causa da morte e a sétima de hospitalização por acidentes entre crianças de zero a 14 anos”, alerta o médico pós-graduado em Urgência e Trauma.Fábio Strauss. O
especialista em primeiros socorros explica que em situações de salvamento de
uma criança na água, a primeira atitude é resgatá-la e, em seguida, ir fazendo
a chamada para um serviço de socorro, como SAMU (192) ou bombeiros (193). O
atendimento especializado é indispensável e insubstituível, mas algumas medidas
podem ser tomadas até sua chegada. Segundo
ele, se a criança estiver respirando, o correto é deitá-la virada para o lado
esquerdo, mantendo o queixo afastado do peito para facilitar a respiração e a
liberação da água ingerida pela boca. Já
em uma situação mais grave, em que a criança não respira e apresenta boca
arroxeada, a instrução é deitá-la de barriga para cima em uma superfície firme.
Com a parte da mão mais próxima do pulso, o adulto deve pressionar o peito da
criança na linha entre os mamilos, fazendo a massagem cardíaca. “Estas
medidas não substituem o atendimento de um socorrista, e por isso devem seguir
somente até a chegada do serviço especializado”, reforça Strauss. Uma dica
importante é: caso o adulto esteja sozinho, pode ligar para o socorro no modo
viva-voz do smartphone, para conseguir atender a criança ao mesmo tempo em que
segue as coordenadas do médico e explica o local do acidente. Bacia
com água também representa perigo Crianças
menores de quatro anos de idade ainda têm mais peso na cabeça do que no corpo,
o que pode limitar seus movimentos se a cabeça estiver submersa na água, mesmo
que em poucos centímetros: pouco mais de 2 centímetros bastam para um acidente.
“Mesmo
as piscininhas de bebê, bacias ou baldes, e até mesmo a banheirinha de banho,
só devem ser acessadas pelas crianças na companhia de um adulto. Pense sempre
naquela famosa frase: o melhor remédio é a prevenção”. Evite
acidentes: -
Use cercas e capas para limitar o acesso às piscinas; -
Não deixe as crianças sozinhas na água; -
Não confie em bóias de barriga ou braço; elas podem escapar; -
Confie que a criança sabe nadar somente nos casos de aulas com professores
especializados; -
Depois do uso, sempre retire toda água de baldes, bacias e banheiras; - Não deixe brinquedos ou objetos atrativos dentro das piscinas. Publicidade Publicidade |