ACERVO DE FEIJÓ SERÁ MOSTRADO EM RODAS DE CONVERSA

O primeiro encontro está marcado para terça-feira, 5 de julho, no Centro de Cultura de Novo Hamburgo, é aberto à comunidade e gratuito

Dentro do projeto de criação do site do fotojornalista Alceu Feijó, lançado oficialmente no último dia 14 de junho, estão previstas rodas de conversa para a comunidade. O primeiro encontro será na próxima terça-feira, 5 de julho, em duas sessões: às 14h e às 19h, na sala 31 do Centro de Cultura, em Novo Hamburgo.

Segundo Áurea Feijó, filha do fotojornalista e coordenadora do projeto, as conversas abordarão o trabalho, de quase 70 anos de fotojornalismo, e o legado de Feijó. "O objetivo dessa ação é aproximar as pessoas do acervo do pai. Vamos mostrar alguns negativos e o tipo de fotografia que ele utilizava, a analógica, explicando sobre os tipos de filme, e o método da revelação, que antigamente era muito mais manual. O próprio processo de captar a imagem na hora certa, com precisão, por conta do número de poses também vai ser algo detalhado nesse papo", destaca ela.

Algumas câmeras de Feijó estarão à mostra nos encontros, assim como um álbum de crônicas e textos do fotojornalista. "Parte do que está no site, na plataforma digital, será mostrada, além de ser um espaço para esclarecer dúvidas e curiosidades sobre o universo da fotografia e a história do pai", complementa. As inscrições, com número limitado de vagas, podem ser feitas pelo Whats: 51 998913075

O projeto
Até o momento, na primeira fase do projeto foram digitalizadas 50 fotos, de um acervo com 120 mil negativos de Feijó. A iniciativa conta com apoio do edital de fomento à produção artística e cultural de Novo Hamburgo da Secretaria Municipal de Cultura (Secult). Foram destinados R$ 10 mil para o começo da digitalização.

Responsável pela digitalização do acervo, o fotógrafo Diogo Mascarenhas, destacou o desafio de trabalhar com um material preservado há tanto tempo. “O Feijó tinha os negativos bem organizados, mas eles têm entre 50 e 60 anos, então acabam tendo uma degradação natural.” Durante o trabalho, a equipe buscou recuperar as partes queimadas ou danificadas sem retirar ou acrescentar informações.

Foram nove meses de trabalho, que seguirão visando a digitalização do restante do acervo. "A partir da disponibilidade de mais recursos. Uma das opções é a comercialização de imagens. As pessoas fotografadas por Feijó podem resgatar essas fotos e adquiri-las através do contato via site", finaliza Áurea.
Fazem parte do grupo também o designer gráfico Bruno Schilling, responsável pela identidade visual do site. Claudinei Silva, que desenvolveu a página e a jornalista Stephany Sander, assessora e criadora de conteúdo do projeto. Todos os convidados para o projeto, coordenado por Áurea e Alceu Filho, tiveram contato profissional com Feijó. O projeto ainda tem a participação do performer digital Felipe Feijó de Albuquerque. Todas as novidades do projeto estão sempre disponíveis no perfil @acervofeijo, no Instagram.