A SAGA DE LAURINHA: AJUDA OU NÃO?
As lições de cidadania, empreendedorismo e sobretudo de afeto que podem ser praticadas todos os diasPor César Silva* - Quero entender uma coisa pai! - O que foi filha? - Por que vocês trabalham? - Para gerar emprego e renda, além de pagar as contas! - Isso eu já sei, pai! Quero saber o que faz seu olho brilhar? - Como assim? - Olha, pai! Eu vi um vídeo de uma empresa na África que existe para ajudar a quem não tem educação como nós. Você trabalha em uma empresa assim? - Não, filha! - Então a sua empresa só pensa em ganhar dinheiro? - Qualquer empresa precisa de dinheiro para pagar as contas e dar empregos, filha! - Mas não ajuda ninguém, então? - Deixa eu explicar uma coisa para você: lembra que sempre lhe falamos em autonomia e não dependência, não é? - Sim, pai. E o que isso tem haver com a empresa? - Tudo, filha! Pensa comigo: uma pessoa, para ter dignidade e respeito por si própria, precisa fazer do seu trabalho uma forma de ser útil nesse planeta. A empresa proporciona isso! - Ahh! Entendi! Mas e quem não faz bem isso? - Bem, filha. Hoje em dia, além das leis, existe a possibilidade da pessoa abrir a sua própria empresa ou ir trabalhar em uma empresa melhor. Ninguém é dono de ninguém. Cada vez mais o respeito às pessoas, seja ela a que proporciona o emprego ou quem o exerce, é fundamental. - Todas as empresas têm um impacto social, maior ou menor, conforme a sua atuação na comunidade ou no mundo. - Mas, pai! É por isso que você gosta tanto de trabalhar, assim como a mãe? - Sim, filha! O salário é importante! Sabemos o nosso valor! Mas também sabemos que precisamos uns dos outros. A empresa que temos é fruto disso. Temos um propósito maior, no final do dia, além de vender e ter resultados: melhorar a vida das pessoas envolvidas conosco, direta ou indiretamente. - Explica melhor isso, pai! - Quando a pessoa trabalha onde gosta, e tem dignidade e respeito, ela utiliza aquele salário que recebe para comprar o que precisa, ajudando a outras empresas e pessoas. O governo arrecada impostos e oferece serviços públicos. A roda gira! - Governo? - Sim, filha! É como organizamos nosso estado e país. - É para isso que serve o Presidente? - Sim, filha! Além dele, temos o legislativo, que faz leis, o judiciário que vigia a aplicação das leis e pune quando elas não são cumpridas e o executivo que utiliza o dinheiro público em serviços a população. - É por isso que vocês votam a cada dois anos? - Isso mesmo. Conforme a escolha da maioria! Ou seja, vivemos em uma democracia. - Quer dizer que eu posso votar em quem quiser? - Quando você chegar na idade adequada, sim. Mas não basta votar, é preciso conhecer e cobrar os candidatos. - Você não vai se candidatar, pai? - Eu, não, filha. Por quê? - Eu votaria em você! - Por quê, filha? - Se você trata a sua filha assim deve tratar todo mundo também! - Obrigado, filha! Quero te dar um conselho! Ajudar é sempre bom, parte de você para o mundo. Mas cuide como você vai dar essa ajuda. Cuide para não deixar ninguém dependente. Ao contrário, ajude a pessoa a ser livre e ser o que quiser. Temos ações sociais na empresa que tem esse objetivo. - Viu, pai! Não falei que você é um bom candidato? *César Silva é Escritor, Professor e Mentor de Negócios PMBM®, Autor do e-book Inspirando Rumos - Histórias, Editora Temas Preferidos.
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