PSICÓLOGA AFIRMA: ESTAMOS CARENTES DE AMOR VERDADEIRO

Terapeuta familiar tem curso sobre amor e relacionamento esgotado poucos dias depois de anunciar as vagas

Estamos carentes de amor verdadeiro. De um modo geral, esta é a afirmação de quem pode falar do assunto com propriedade. A psicóloga e terapeuta familiar Cris Manfro, que trabalha com relacionamentos há 31 anos, acaba de montar um curso com a proposta de fazer com que as pessoas reflitam, busquem e possam encontrar o sentimento verdadeiro por alguém. Ela defende essa afirmação quando comemora as vagas esgotadas dias após a divulgação de O Poder do Amor, um curso onde serão abordados, em 10 de junho, temas como crenças sobre o amor, como construir vínculos de amor, conceitos sobre o que é o amor, ciúme, entre outras abordagens. O encontro ocorrerá em 10 de junho, em Novo Hamburgo, e outras datas deverão ser marcadas para novas turmas.

Como o amor é um tema universal, Cris conta que o curso é dirigido ao público em geral. “É interessante observar que no primeiro dia as vagas já esgotaram. Isso denota o interesse pelo assunto e, o desejo das pessoas de, não só entenderem sobre amor, mas a vontade de poder vivê-lo na sua plenitude”, diz a psicóloga.

E quando se fala em “crenças sobre o amor”, o tema principal deste curso, ela afirma haver muitas. Elas dependem de muitos fatores, desde a vivência familiar até os próprios relacionamentos amorosos passados.

A cultura também é responsável por muitas crenças a respeito do amor e muitas delas negativas, diz a terapeuta, como por exemplo, que o amor está falido, que é produto do consumo, ou que o amor verdadeiro, não existe. “Eu sou uma defensora do amor construído e regado com uma conexão de apego seguro, que inclui: disponibilidade, receptividade, cuidado e, comportamentos de amor que o tornam seguro”, acrescenta Cris.

EM BUSCA DE CONEXÕES SEGURAS E AMOROSAS

Com a experiência de três décadas trabalhando relacionamentos, a terapeuta afirma observar a mesma vontade de se manter conexões seguras e amorosas. Entretanto, em tempos de amores líquidos, quando tudo é fugaz e passageiro, diz, é difícil as pessoas investirem em entrega verdadeira.

Para ela, a ansiedade e medo têm acompanhado os amores. Dessa forma, muita gente se esquiva desse investimento. “Por outro lado, as pessoas se permitem transitar por várias experiências. Quanto mais maduros emocionalmente, mais é possível tirar proveito do verdadeiro amor, que precisa ser construído, deixando as maldades e ressentimentos de lado e, respeitando as diferenças entre as pessoas”, comenta. Por isso, no curso uma das abordagens é sobre como as pessoas confundem o conceito de amor, e como fazer para que ele venha a florescer.

Mas, ressalta, a conquista é algo relativamente fácil. O difícil é manter um relacionamento, o que implica, antes de mais nada em domar o ego. Segundo a psicóloga, o ego tem sido um grande mal não no que se refere a vaidades, mas no sentido de querer tudo do seu jeito e à sua maneira.

“Relacionamento requer abrir mão de um eu, para sermos um nós. Respeitando as diferenças e, não as vendo como um erro, ou um defeito, ou, um diagnóstico. Nunca as pessoas gostaram tanto de dar diagnósticos umas às outras. A conquista deve ser eterna, como forma de conservar o amor. Com boa vontade e paciência, características difíceis de encontrar, porque as pessoas confundem ceder com se submeter”, reforça Cris, ao defender que um bom relacionamento é ainda a melhor forma de melhorarmos como pessoas. Um parceiro ajudando o outro a crescer, se desenvolver, se tornarem pessoas melhores e mais evoluídas.