POR QUE A SUTIL ARTE DE LIGAR O F*DA-SE SEGUE NA LISTA DOS MAIS VENDIDOS

Obra de Mark Manson ultrapassa a barreira do rótulo de auto-ajuda e se coloca como um sopro de alívio em meio à pressão social

Por Aline de Melo Pires*

Um livro que vai na contramão de muitas afirmações que temos visto por aí. Já faz mais de um ano que A Sutil Arte de Ligar o F*da-se (Editora Intrínseca) caiu nas minhas mãos e o que vejo é que cada vez mais as pessoas seguem falando na publicação e suas vendas aumentam. Talvez seja porque elas se dão conta de que realmente não precisamos ser o melhor em tudo o tempo todo. Talvez entendam que se deixar frustrar e ver nisso uma oportunidade de crescimento e evolução, às vezes, funciona.  

A Sutil Arte de Ligar o F*da-se, de Mark Manson, a princípio, pode assustar por parecer mais uma proposta, entre tantas, de auto-ajuda. O título pode ser um gatilho interessante para alavancar vendas, irreverente e provocativo, incita a compra. E, felizmente, não é somente o título que atrai pela linguagem descontraída. A cota de palavrões para no nome do livro mas o que se vê ao longo da narrativa são afirmações que justamente por parecerem óbvias nos colocam cara a cara com o que somos. E, no final das contas, descobrir que não somos tão especiais como o mundo parece ditar nã é tão ruim assim.

A Sutil Arte de Ligar o F*da-se: a realidade nua e crua

São nove capítulos em que A Sutil Arte de Ligar o F*oda-se aborda a pressão negativa e incansável por ser bem sucedido, feliz e perfeito. O livro mostra com muito bom humor mas não menos profundidade, o quão rasas são as imagens e mensagens difundidas na internet, principalmente em perfis pessoais, de famosos ou não, que nos colocam numa escalada inversa: a da tristeza e da frustração.

Então, é hora de ligar o f*da-se e se dar conta de que a vida tem muito mais problemas do que se imagina, erguer a cabeça e enfrentá-los da melhor maneira possível. Penso que a ideia do livro, e aí assim que devemos enxergar a função da leitura, é fazer justamente duvidar de tudo o que vemos e lemos. Será que nossas vidas estão limitadas a isso? Exercite, sem pudores, A Sutil Arte de Ligar o F*da-se.  

*Jornalista e editora do Temas Preferidos

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