BERNARDINHO FALA SOBRE EXCELÊNCIA

Técnico da seleção brasileira masculina de vôlei faz palestra em Novo Hamburgo nesta terça-feira, 6, na Sociedade Ginástica

O que um técnico de voleibol tem em comum com um administrador de empresas, com um gerente de banco, com um dono de restaurante, com um empreendedor ou dono de negócio? Todos eles precisam da excelência! E é sobre isso que vai falar um dos maiores campeões do esporte brasileiro, nesta terça-feira, (06/10) em Novo Hamburgo (RS), numa promoção da Rádio ABC 900, do Grupo Editorial Sinos.

O técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardo Rezende, deve lotar o Salão Social da Sociedade Ginástica Novo Hamburgo (SGNH), a partir das 20h, para a palestra A Busca da Excelência. Do Rio de Janeiro (RJ), onde mora, em uma conversa exclusiva com o TEMAS PREFERIDOS, Bernardinho falou sobre o tema de sua palestra e das suas impressões e saudades dos amigos gaúchos.

Confira abaixo os principais trechos da nossa conversa com quem soma mais de 20 títulos em sua carreira como treinador e jogador de um dos esportes mais amados pelos brasileiros:

TEMAS PREFERIDOS - Qual o segredo do verdadeiro líder e onde está a diferença entre a liderança e a busca da excelência?

Bernardinho - A liderança e a busca da excelência são coisas intimamente ligadas, a busca da excelência é uma das missões do verdadeiro líder e tem a ver com atingir performances e melhorar desempenhos.

TP - Qual o maior desafio do grande e verdadeiro líder?

Bernardinho - Escolher pessoas, é o mais complicado. Para isso, é preciso conhecer o ser humano, a individualidade, ensinar a desenvolver autoestima e fazer com que a pessoa tenha motivação. É todo um processo complexo, lidar com pessoas.

TP - O que um técnico de vôlei tem em comum com um gerente, um administrador de empresas ou qualquer outro tipo de empreendedor?

Bernardinho - Muito mais do que lidar com pessoas, eles têm em comum a missão de extrair o melhor delas, não importa em que área atuem. Precisam ser transparentes, conhecendo cada um de sua equipe e criando causas comuns.

TP - Em tempos nos quais uma das palavras mais faladas e ouvidas é “crise” , como buscar a excelência, o que o líder deve ter em mente?

Bernardinho - A primeira coisa é pensar em buscar caminhos. Dar o seu melhor nesse momento e comprometer as pessoas à sua volta. É isso o que o líder faz, estimula o comprometimento da equipe e de quem está perto. Em épocas de crise, não é diferente, pelo contrário, essa postura deve ser potencializada.

TP - E como o líder se motiva?

Bernardinho - O líder é um apaixonado pelo que faz. E a paixão é, e sempre será, a sua maior motivação. A paixão é o pilar, junto com a necessidade. O líder precisa ser apaixonado por uma causa e automaticamente será apaixonado, e motivado, pelo processo.

TP - As pessoas tendem a achar que o líder, o vencedor, é “blindado”, mas qual a importância das emoções na liderança?

Bernardinho - É claro que o líder não pode tomar decisões em volta de um cenário de emoções, mas elas nos movem. É uma busca permanente, não se pode ser blindado. Alimentar as emoções positivas é importante, elas também dão o equilíbrio, a racionalidade de que precisamos.

TP - Em suas palestras o que mais as pessoas falam ou questionam?

Bernardinho - Costumamos trocar muitas ideias, mas o que mais movimenta os questionamentos são os assuntos relacionados a decisões, especialmente em empresas quando envolve sucessão, escolha de pessoas, cortes.

TP - E qual a sensação de estar em Novo Hamburgo falando de um tema tão importante e tão provocante?

Bernardinho - É uma satisfação imensa, estar em uma região onde se respira voleibol, onde há importantes equipes em grandes competições. Sem falar na possibilidade de rever amigos e estar perto de gente querida, trocar experiências, é uma honra.